Missão

Promover o alcance ao direito de proteção integral à criança, ao adolescente e ao idoso expostos aos conflitos familiares, através da promoção do conhecimento e desenvolvimento da sociedade.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Combate ao Bullying também é uma causa do Instituto Proteger



O recente caso do garoto que atirou de forma premeditada e feriu dois colegas em uma escola na região metropolitana de Belo Horizonte ressalta a necessidade de prevenção do bullying, principalmente nas escolas. Pesquisas apontam que a agressão pode causar transtornos permanentes tanto à vítima quanto ao agressor.  A pesquisadora Cleo Fante, ex-presidente  do Centro Multidisciplinar de Estudos e Orientação sobre o Bullying Escolar (Cemeobes), explica em entrevista à Veja.com que “a curto e longo prazo, o bullying interfere na autoestima, na concentração, na motivação para os estudos, no rendimento escolar e nos males psicossomáticos (diarréia, febre, vômito, dor de estômago e de cabeça) da vítima. A longo prazo, a vítima pode desenvolver transtornos de ansiedade e de alimentação (bulimia, anorexia, bruxismo, alergias, depressão e ideias suicidas). Se não houver intervenção, pode haver efeitos para o resto da vida. A vítima pode ser sempre insegura. Alguns têm resiliência, o poder de resistir e superar situações difíceis, mas outros penam.”

O Instituto Proteger também se preocupa com a evolução desse problema nas escolas brasileiras, já que os efeitos dessa prática estão diretamente ligados às disfunções psicológicas de dois dos principais entes de proteção do Instituto: a criança e o adolescente. Pesquisa realizada em 2009 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que quase um terço dos estudantes brasileiros sofreram bullying, são cerca de 30,8% e a maioria das vítimas são do sexo masculino.

Para tratar desse assunto, a presidente do Instituto Proteger, Melissa Telles,  foi à Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul para conversar com o deputado estadual Jorge Pozzobom, que é membro da Comissão de Educação da casa e, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça, reproduziu uma cartilha informativa sobre o que é a prática do bullying e os efeitos dela chamada “Faça Amigos Não pratique Bullying”. O estado foi o primeiro no Brasil a ter uma lei para combater o bullying escolar. A lei 13474/2010 obriga escolas públicas e privadas a desenvolver ações permanentes de prevenção e atos de intimidação e de identificação rápida de casos de bullying e também está na cartilha.

Durante a conversa, Pozzobom reforçou a importância de debater ainda mais esse tema no Brasil por causa dos efeitos negativos que podem gerar no futuro. Para ele, escola, família e sociedade devem contribuir para essa discussão de forma a impedir que novos acontecimentos como o de BH se repitam. Melissa concorda com o deputado e acredita que o transtorno psicológico precisa ter a mesma atenção que a violência física. Ela explica que dentro do Instituto existe um projeto chamado “Pensando Formas de Proteger”, que visa buscar alternativas de proteção à partir do desenvolvimento do conhecimento e essa conversa será levada aos representantes desse grupo a fim de que mais ações sejam elaboradas para a prevenção e combate ao bullying.



Laís Lisboa.

O que é o Bullying?  

*fonte Brasil Escola


Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
É um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Nos ajude a Proteger quem mais precisa de cuidado, frente aos conflitos familiares.