A diretora do Proteger do Estado de São Paulo, a Psicóloga Judiciária Miriam Basaglia, participou da palestra proferida pela psicanalista Dra. Marlene Iucksch. Confira as as informações enviadas pela diretora do estado de São Paulo do Instituto Proteger sobre a palestrante e o tema se grande relevância que foi debatido na ocasião.
Divórcio de casais, pais insepar
áveis
Este foi o tema da palestra da psicanalista brasileira, Dra. Marlene Iucksch, apresentada na Sede da Associação dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, no dia 2 de maio.
Marlene Iucksch atua há muitos anos no Service Social de l'Enfance de Paris, especializado na proteção à infância e à adolescência em situações de vulnerabilidade e risco. Esclareceu que se trata de um serviço conveniado ao Tribunal Pour Enfants de Paris, que realiza acompanhamentos e intervenções junto às famílias que lhes são encaminhadas judicialmente (obs.: este sistema substituiu as equipes técnicas que atuavam dentro do quadro do Tribunal de Justiça, num modelo parecido com o brasileiro). Famílias em processo de separação destacam-se entre as principais demandas atendidas por sua equipe.
Dentre outros temas importantes, Marlene realizou reflexões críticas sobre a posição ocupada pela criança na família contemporânea e na justiça francesa, a qual lhe concede não apenas o direito, mas também o dever de definir sua própria guarda: “A criança acaba vivendo no terreno do outro, dos adultos, de pessoas que ‘conquistaram’ a maturidade de decidir por ela. É pesado para a criança não ter quem decida por ela. (...). Não podemos determinar que a criança é livre. Ela não é livre nem subjetivamente nem socialmente. Ela precisa de parâmetros e não pode tomar decisões”, argumentou.
Marlene também esboçou questionamentos sobre as mudanças sociais e seus impactos sobre a psicologia da criança, em face das novas configurações familiares (ex.: famílias reconstituídas, monoparentais, homoafetivas, advindas de métodos de reprodução assistida). Apontou, ainda, a complexidade do trabalho realizado junto a tais famílias: “A meu ver são casos graves e difíceis, pois demandam muita energia do profissional e, muitas vezes, trazem resultados pequenos de trabalho”, admitiu.
Ao final da palestra, apresentamos à psicanalista e à AASP o Instituto Proteger, os quais demonstraram interesse em conhecer melhor nossa entidade e disponibilidade em estabelecerem futuras parcerias.
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